We can do it!

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A luta da mulher no mercado de trabalho já não é tão grande quanto antigamente. Hoje sua presença em qualquer setor empresarial tornou-se vital. As grandes guerras do início do século XX foram essenciais para essa força feminina, que tem se solidificado, desde então.

No início da 2º GM, além de exercerem trabalhos até então exclusivos para homens, como participar do comando da produção industrial, o militarismo feminino também cresceu, principalmente com serviços de espionagem e decisões estratégicas.

Nesse contexto, as mulheres tiveram uma inspiração: Rosie, the Riveter, ou Rosie do Rebite, se traduzirmos ao pé da letra. A personagem foi um ícone do feminismo americano para convencer as mulheres a contribuírem com a guerra e conquistarem o poder econômico do país.

O termo foi usado inicialmente em uma canção de 1942 e gravada por vários artistas. Na letra, o retrato de Rosie, uma trabalhadora da linha de montagem reforçando o trabalho americano na guerra.

Ouça uma das versões abaixo:


Na verdade, Rosie foi um movimento social com grande incentivo da propaganda e estratégia de marketing, para a participação da mulher no mercado de trabalho em usinas e fábricas. E mesmo com salários menores, elas conseguiram quebrar tabus provando que eram capazes de realizar trabalhos masculinos com muita eficiência.

A imagem que temos atrelada as “Rosies” é a famosa “We can do it!”. Uma mulher mostrando sua força braçal, mas com traços que de uma trabalhadora que não perdeu a feminilidade. Notamos isso, ao vermos suas unhas feitas e rosto com maquiagem, além da famosa bandana de bolinhas.


Idealizada pelo artista Pittsburgh Miller, através de uma contratação da Companhia Westinghouse do Comitê de Coordenação de Produção de Guerra, ele tinha como objetivo criar cartazes para incentivar a participação dessas mulheres na guerra. A inspiração foi baseada na fotografia de Geraldine Doyle trabalhando numa fábrica. Entretanto, essa ligação se deu apenas na década de 80, quando a imagem foi redescoberta pela musa inspiradora do pôster, que só soube que era ela quem figurava o cartaz em 1984, quando viu a sua fotografia numa revista de 1942 a “Modern Maturity Magazine”.


Rosie foi idealizada como uma bela mulher, trabalhadora e que realizava suas tarefas muito bem. Sendo assim, o ideal de Rosie foi descoberto na vida real, sendo Rose Monroe, uma mulher viúva e com dois filhos, que trabalhava para sustentar a casa, a escolhida para participar de um filme promocional incentivando o esforço da guerra para as donas do lar.


Foi realizada toda uma campanha para incentivar esse trabalho feminino de muito sucesso, por sinal, já que mais de 50% das mulheres ingressando no mercado de trabalho. E mesmo depois da guerra, muitas delas continuaram em seus postos para ajudar no crescimento do país.

A famosa imagem serviu de inspiração e tem sido reproduzida mundo a fora.

Pois é garotas, we can't do it!

Texto postado originalmente no Blog Artilharia Cultural por @menteflutuante.

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