Música: Lady Day Billie Holiday

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Quem acompanha o blog com frequência já deve ter percebido que tenho uma certa admiração pelas cantoras de rockabilly, não só pelas músicas que cantam, mas também pelo visual que são muito inspiradores. Mas, se tem um outro estilo musical que também me encanta é o jazz e blues e para iniciar a divulgação de cantoras também desse ritmo por aqui, começarei falando da Lady Day Billie Holiday.


Billie Holiday, nasceu em 1915 com o nome de Eleonora Fagan Gough na Filadélfia. A cantora nasceu de pais muitos jovens, sua mãe 13 e seu pai 15. Seu pai abandonou a família logo que Billie nasceu para seguir viagem com uma banda de jazz. Sua mãe inexperiente a deixava sempre com a família. Quando adolescente, a menina foi violentada sexualmente, ficou internada por um tempo em uma casa para meninas vítimas de abuso, trabalhou lavando chão e também se prostituiu.



Billie começou a cantar aos 15 anos. Ela e sua mãe estavam passando por dificuldades, então tentou arranjar emprego como dançarina de um bar, mas não obteve sucesso. Recebeu então o convite de um pianista que se encontrava no local na hora do teste, ele perguntou se ela sabia cantar e mesmo sem nenhuma formação ou conhecimento musical, apenas ouvindo Louis Armstrong e Bessie Smith, Eleonora como ainda era conhecida, passou a desenvolver sua carreira artística, pois cantou muito bem.

Três anos depois recebeu o convite para gravar seu primeiro disco. Iniciou assim sua carreira profissional, adotando então o nome que a conhecemos hoje. Billie foi uma das cantoras mais comoventes do jazz, além de ser uma das primeiras negras a cantar com uma banda composta por músicos brancos.



Uma das músicas que marcou a carreira da artística foi "Strange Fruit", apesar de não ter composto a letra, a canção ficou muito atrelada a cantora devido a grande interpretação. A música com letra melancólica, falava sobre o preconceito racial em um momento em que poucos abordavam esse assunto. A  letra foi escrita pelo autor judeu Lewis Allan que se impressionou com a imagem de dois cadáveres negros pendurados numa árvore, assistidos por pessoas brancas.


Nos anos 40, a cantora com 25 anos passou a se envolver mais com o álcool e com drogas ilícitas, caindo em uma depressão que refletia em sua voz. A cantora morreu em 1959 de overdose com 44 anos, antes disso, publicou sua autobiografia Lady Sings The Blues, que rendeu um filme interpretado por Diana Ross como papel principal em 1972.


Billie entra na lista das mulheres que admiramos por ter se superado em uma época em que o preconceito com mulheres e principalmente mulheres negras era muito grande. Ela conseguiu ganhar destaque pelo seu talento e voz excepcional.

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